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Como encontrar o sentido da sua vida

Mesmo pessoas bem-sucedidas, vez ou outra, ficam insatisfeitas com a maneira como têm gasto seu tempo. Pode até parecer ingratidão, mas não é nada disso. A crise resulta de uma forma superficial de viver, no qual desejos intrínsecos foram silenciados pelas funções assumidas ao longo de suas trajetórias. Para reverter esse quadro é importante encontrar o sentido da vida.

Nessa procura, deve-se olhar para dentro e revisitar predileções e sonhos adormecidos, buscando uma maneira mais autêntica de viver. A boa notícia é que, a partir do autoconhecimento, isso é possível. Para saber como iniciar essa jornada, acompanhe o artigo!

Como encontrar seu propósito de vida?

Do ponto de vista da psicologia junguiana (de Carl Jung, psiquiatra célebre), o propósito de vida tem a ver com se reconhecer para além da função social. Assim, fora o papel profissional, bem como o de pai ou mãe; de filho(a); de dono(a) de casa, entre tantos outros, cada pessoa tem sua essência. O propósito consiste em alinhar todas essas partes.

“Quanto mais se direciona a vida para a realização daquilo que se intui internamente, mais felizes se percebe. Isso gera um impacto profundo na saúde”, explica a psicóloga Adriana Bolis. “Já o extremo oposto, seria a depressão (quando a vida perde o sentido).”

Qual é a importância do propósito para a saúde?

Na perspectiva da medicina funcional, a saúde tem cinco pilares fundamentais:

sono;
estresse;
alimentação;
atividades físicas e
relacionamentos.
Esses pilares se relacionam aos três âmbitos da vida:

o psicológico;
o somático/físico/biológico e
o espiritual (que é o propósito de vida).
Segundo Adriana, “a saúde, portanto, é um dos elementos que tange à realização espiritual, ou seja, ao propósito de vida”.

O que significa ter um propósito de vida?

O propósito de vida se relaciona com a espiritualidade, com o lado que transcende a funcionalidade. Na ótica junguiana, a busca por esse propósito — chave para o bem-estar e auto realização — se chama processo de individuação.

Para Jung, a essência individual não é estática, mas um vir a ser. “Ela aparece quando começamos a refletir sobre nossas escolhas, a fim de direcioná-las à realização pessoal”, ressalta Adriana. Assim, em vez de apenas viver para dar conta das demandas do dia a dia, deve-se refletir sobre quem é, de onde veio e para onde vai.

Como o acompanhamento psicológico ajuda?

A abordagem junguiana analisa duas dimensões do propósito de vida:

a parte consciente, que é a que se consegue concretizar. Por exemplo, a realização profissional, bons relacionamentos, boa saúde, etc;
e a parte inconsciente, que diz respeito ao modo como cada um se sente fazendo essas coisas. Tem a ver com o jeito como trabalha, se relaciona, cuida da saúde, etc. Ou seja, o quanto a pessoa se sente completa em suas funções.
“O inconsciente precisa que, no caminho para a realização dos pilares da saúde, o indivíduo se expresse e se reconheça, vindo a ser através das experiências”, explica a psicóloga.

Com formação como analista junguiana, Adriana ressalta, ainda, a necessidade do olhar integral para os pacientes. Por isso, o processo psicoterapêutico de autoconhecimento e individuação devem sempre estar em pauta nas consultas.

Ao mesmo tempo, a psicóloga defende o trabalho conjunto com outras especialidades médicas, de modo a melhorar a saúde do paciente de maneira integral.

Como funcionam as sessões de análise junguiana?

A psicologia analítica de Jung busca compreender o ser humano tanto em sua individualidade quanto como um ser sociocultural e histórico (origem do inconsciente coletivo).

O acompanhamento psicológico ajuda na busca pelo sentido da vida, explorando as dimensões consciente e inconsciente. Na psicoterapia junguiana o objetivo é mostrar ao paciente:

os conflitos típicos da humanidade e como lidar com eles — individual e coletivamente;
os conflitos pessoais, que exigem a investigação da própria história para serem integrados à consciência.
Além da expressão verbal, nesse tipo de análise é possível usar outros recursos terapêuticos, tais como análise de sonhos e contação de histórias. Também há alternativas psicoterapêuticas não verbais, como a caixa de areia (sandplay), por exemplo.

Por meio dessas técnicas, o paciente amplia a consciência sobre si e sobre a humanidade. A partir de então, consegue se expressar de modo autêntico, conectado ao sentido da vida, e se sentir realmente realizado.

Escrito por:
Dra. Andrea Baumgarten
CRM 19.466 | RQE 14.022

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